Di(z)gestão hospitalar?
Há dois meses, num (outro) hospital de Lisboa, um médico foi picado com uma agulha que servira para colheita de sangue a um doente.
Na sequência da declaração de acidente de trabalho, foram-lhe efectuados os testes adequados a despistar qualquer contaminação.
Até aqui…
Há uns dias, o médico – que faz parte do quadro desse tal hospital dirigido por outro brilhante não clínico – recebe a factura dos testes que lhe fizeram por causa do acidente de trabalho.
Surpreso, o homem foi à tesouraria dizendo que não pagava porque, como lá estava indicado, tinha sido um acidente de trabalho naquele hospital.
Esclareceram imediatamente:
“Sabemos bem disso, mas o Sr. Dr. não disse qual era o nome da Seguradora deste hospital!”
Como é que se digere isto?
Talvez com a moral da história: Os gestores hospitalares ainda não leram o Kafka todo e, portanto, não lhes ocorre que, na sequência de um acidente de trabalho, ainda se poderá mover um processo disciplinar ao acidentado.
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